Travessia do canal da Mancha...

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

“Resplandeço de luz e vida”






Tempos são, como palavras
Perdidas no Universo

Viagens, vozes caladas

Ventos vorazes no deserto


Tempos que fossem o meio
Louvados pela saudade
Que em seus entes, peitos anseio
Desejos de mocidade



Fossem vozes, macabras, esquecidas

Primórdios de civilizações;

Viagens que em tempos sumidas

Marcassem novas gerações



Tempos foram e não voltaram

Nos tempos, povos cantarão

Que de viagens, muitas choraram

As marcas seguras no coração



Acho que encontrei a cicatriz rasgada

Por um pedaço de voz erguida

Que no tempo fez a palavra mais contada

Em mim, num adeus, cintilo de luz e vida.

***


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

“Por notícia tua”






Dei conta de um Mundo acordado

Quando assim, meu coração alegra

Será que chora, como algo viciado

Se a noite acorda, vesga quimera

Será dali, o beijo procurado na rua;

Aquele que bate, fortemente,

Por notícia tua…



Dou conta de mim, quando lento me levanto;

Quando guardo o segredo de luzes a incendiar…

Dou conta de ti no mais alto vento, onde me acampo

Pedindo no peito, um momento, para te abraçar…

Um após, peço ao tempo que se ausente

Preso no meu sufoco inconsciente.

***