Travessia do canal da Mancha...

Travessia do canal da Mancha...

(A quimera de um homem solitario)


Lenda - Lenga



Para ti, que gostas de ler. Apresento aqui o início de uma história cheia de quimera, que vaga entre o meu pensamento e a solução abstrata de um "D. Quixote" dos tempos modernos.
(Vem deixar uma opinião, ajudando-me assim a desenvolver as loucuras jamais escritas por algum Português.
Desde já agradeço qualquer Comentário.
Obrigado.



Parte: 1ª

Precisamos de muito tempo para escrever um livro e quando a vontade acontece já estamos com outra das vontades que nem precisa de pensar. Pois que, quando, do artista acorda, pode-se dizer, que: Quando saiu do transe estava a caminho da terra aberta para seguir a enterrar. Pena foi a ideia nunca ter nascido; que o desgraçado caminhava sem pernas; como quem rola um enfarte sobre o umbigo… Não seria assim um pouco de tanto; nas ruas queixava-se e, seria sempre a mesma lengalenga; como se pertencesse a um grupo qualquer, numa conspiração aos partidários, ou, disputa de posto assalariado. Para bem dizer, o problema seria sempre a pura que o pariu que, diziam por ai, talvez alguma cadela com cio o tenha atrofiado e lhe tenha dado o nome esquisito que tanto convinha ao chamamento da lua nova. Falava dos tempos com uma pata sempre virada ao entretanto do Zé; que, assim, apregoava o destino das palavras mal aparadas; que, nas faltas da ferramenta, batia com os queixos nas biqueiras mais próximas e afiava as unhas, sempre entaladas nas gavetas dos grandes sacerdotes ao poleiro do Galo Capado: Uma aldeia em vistas de demolição, devido às flores que se queixavam mutuamente das ganâncias arredondadas pelos dentes em forma de sustidos encravados; como, sempre se poderia dizer do guarda chuvas inutilizado.
              Aqui começa um pequeno comentário ao espaço das sobras que nunca chegaram a ser receitadas. Começo por pensar que seria tal como é; mas, como o pensamento não tem tempo para avaliar as circunstancias, deixo que se torne louco e que, de pouco a pouco, vá acariciando os sorrisos; enquanto abana o julgamento e lhe chama louco, ou, pouco; na certeza seguida pelo tempero das palavras; que, apesar do suor, sobem ao palco do estigma de cada trave riscada para aferroar. Assim, o Alfredo chegou ao topo da vindima e sem saber que ali poderia acontecer: Foi vindimado: A gadanha trepava a carreira dos amotinados; furiosa nem se apercebeu que carregava as unhas dos bicos mais chegados ao patamar que, ao Alfredo, segurava a cabeça; de qualquer maneira: Poderia pelo menos ter-se despedido da malta que para ali ficou agasalhada sem pele para curtir, ou, estrume que lhe aproximasse um paladar pompeado. Depois, ficou-se por ali e atirou com as bússolas para as costas do mais Escavacado; ele que lá chegasse! Pois, nem tinha albarda.
- Javardo!
- Exclamava.
- E ainda por cima faz bolhas no caldeiro: Javardo.
- Acumulava-se a angústia dos rabanetes. Tinha que bazar das promissivas, como um cavalo o faz na hora de cantar o fado e, as penas não lhe obedeciam. Pois que era há mão. Há mão é que se faziam as talhas das cores cinzentas. Mas; para acreditar, continuava sempre a talhar: Fosse para o que fosse, dali dependia toda a sua sobrevivência… Ou cortava, ou enterrava os ossos para demolhar. Que a madeira atolava-lhe as enxovias! E os calcanhares sentiam-se bem com as cunhas entrelaçadas.


- Há mão! Há mão é que elas arrebitam os arenitos.


- Puam-nos pelas orelhas; que, o orvalho carrega as transparências.


- Não… A transparência arruaçada vai ao convés...


- Atormentavam-se, entre os olhares manipulados, de forma tal, que, Já não se entendiam: Puxavam a gravata uns dos outros e toca a flutuar sobre as entre valadas do coscuvilho. Escavacado, entendia-se, quando as tretas arrojavam o planalto de Trombuda; que ali: Só as cavacas arejam as manipulas; em lugar de assombros equivalentes onde estes se chegavam engraxando a papalva mais torta que se acumulava. Assim, percorrendo os baixios da moca mais elevada; «com escusos complexos e amalandrados» uniram-se; como se a fé lhes aturdisse o paladar e lhes elevasse um poder qualquer que, mesmo ali, da terra sobrava. Não tinham escolha, quando a ponte lhes abrigasse o estrondo na mesma derrocada.


Escavacado, nasceu da turbulência no ano que cacareja; junto com Alfredo, o qual desencarnou por uma aventura mal-afamada; isto, no mês mais apropriado aos valores da desertificação; pois que não resistiu ao primeiro parágrafo, migrando logo de entremeada, como pó primeiro que se envaidece e mergulha para os confins da terra. Tinham a mesma cotação de rendimentos inferiorizados, largados de um para o outro como herança de Pais para filhos, netos e longos ramos de árvore ginecologicamente realizada. Logo pelos princípios das tretas desorganizadas, o segundo antecipou-se e chegou na frente, no intento de preparar as fronteiras, segundo, o primeiro contava, enquanto rodava nos olhos uma alegria de mão beijada. Trombuda, ouvia, mas não se desmanchava: Sempre com um esgar de quem vai cair na demanda que sacrifica as mesmas necessidades; não que fosse comodista, mas, sempre realizando planos e gestos que dali subsidiariam o destino caricato do entendimento mais abnegado.
- Tenho trabalhado muito para empregar a língua nas conectividades que melhor preparem o nosso caminho!


- Exclamava, também ela, de sorrisos e peitos sobressaltados; parecendo que preferiria a propagação diligenciada, das instalações datadas sobre as cidades e seus arredores. Tanto se cruzavam, como propiciavam, postumamente, qualidades tardias e mostras de acerte pouco inteligente. Assim era. Como que se, o futuro, legrasse as referidas criações ao destino fisiológico, para decapitar, na imaginação de tamanhas beldades, os sentidos que apontavam os caminhos mais sórdidos do exemplo que mais disfarçasse a simplicidade e a modéstia resignada. Não se lhes permitiria o tempero tardio nem a referência que se lhes sentisse homenageada. Ponto que marcasse o intuito das árvores, ou mesmo que, em tamanho ereto, ao céu se apontasse. Qual seria a vontade aprontada, se tais qualidades acontecem no conforto produtivo da mera inutilidade? Que seus lábios se apoderassem da alavanca do progresso; que mesmo arrebitados não passassem de uma consciência inconsciente que seduzia os homens estabelecidos e de grandes afinidades. Era… Era e não o era; pois que do alheio magicava conluios com interesses de facção. Trombuda, sempre trombuda, ornamentava as curvas que tanto assediavam o Escavacado. Mesmo que outro fosse, de seus olhares, mostras de apagados; quando dali surgia um fogo desorganizado. Jamais de exemplo mamou, da vida, o regresso dedicado: Que era à mão que desinfestava a existência das mesmas vontades; percorrendo retas nas mais velocidades; aquando alguma curva lhe elegesse as travagens mais desvairadas.
Se alguém visse, o tempo estava acabado e o seu nome seria pronunciado sem respeito ou gratidão; então, principalmente pelo seu egoísmo e o pior arauto da fraternidade; dedicava-se ao paladar dos sais mais escorregados, como se tais cristais lhe fossem pertença em colocação de seus berços nas gargantas mais afogadas.
Tinha sim! A moral, completamente apagada. Tanto que, pouco seriam os fundamentos ou os trapézios, do após e seus apreços desequilibrados, nas ambições, sem prol que impulsionasse ideias relativas.
Para ele, tudo, nada contava; apenas que existisse para lá de todos os anos, marcando nos rostos vontades de abandono que despojassem sobre o estrado «o qual pisava sem conhecer» páginas e páginas de desapresso, caídas, espalhadas, rasgadas em ventos de solidão… Folhas que o Outono despisse para pintar lágrimas em caminhos de exaustão; que mesmo antes das primeiras anunciações, da invernia, varressem da memória cada sorriso de Verão. Que chegassem as primeiras neves e se acumulassem fazendo de si mesmo, vistas Primaveris, de brancos e amarelos dos quais se reconhecessem as calçadas, de vermelho rojado, nas culpas dos joelhos, que soltaram clamores e soluços de paixão…   
(Continua) 



Reservados os direitos de Autor: O Autor: António José Serra Duarte

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