Travessia do canal da Mancha...

Travessia do canal da Mancha...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

“Não posso ficar”






Ergues o sol e dás luz à cepa do mar

- Que solte da casta 

Ventos ao moinho...

Só quero teu vinho,

Onde o sangue me possa libertar



Não posso ficar

 Estou pronto, para partir;

Se baixo a guarda

Na febre que arda

Ao peito, se a quer sentir



Não posso ficar

 Vim partilhar o licor contigo

Como solução que a bebida confira

Atacar meu nome, que respira

Do copo, o néctar, velho amigo…

                ***

“Já me sobra nos olhos o desígnio dos versos 2”






Depois, apareces tu; vejo-te e o meu Mundo acaba…

Falas-me com afeto, dando voz aos meus sentimentos

Onde escassa história, doutos, momentos;

Preparo de agrura, desdenhando a palavra…



Quais versos, em mim, desprezastes?

-Peço-te ao luar…

Fugindo aos outros, que não te conseguem honrar;

Aqueles que tanto louvastes…



- Vem…

Põe-me a marca do fugitivo,

Antes que minha ausência seja notada;

Ao regresso do licor, em taça envenenada

Sobre o combate “memorável” inda que perdido…

Vem…

Dá-me, desse cálice, um pouco do teu vinho…

                              ***