No rosto cultivo, marcas que a vida
disse;
Leitos húmidos, d’amor em águas puras
- Mas porquê, em tal rosto, cor tão
triste?
- É o tempo, ó dor, que muito curas
Choro sim, ainda, as lágrimas que
chorei
Lavrando mais fundo, a causa, ou razão
Dos cem anos que não nasci, tarde
cheguei
Para te abraçar, dos lábios ao coração
Pois que cheguei, tarde, para te ver
Mais tarde, na tarde que te fui
conhecer
E em teus braços abertos, choro essa
dor
Cheguei, tardio! A beijos incertos
E não te beijei, nem oiro dos desertos
Que colham dos meus olhos, tua boca em
flor…