Travessia do canal da Mancha...

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sábado, 29 de setembro de 2012

“Cheguei Tardio”




No rosto cultivo, marcas que a vida disse;
Leitos húmidos, d’amor em águas puras
- Mas porquê, em tal rosto, cor tão triste?
- É o tempo, ó dor, que muito curas

Choro sim, ainda, as lágrimas que chorei
Lavrando mais fundo, a causa, ou razão
Dos cem anos que não nasci, tarde cheguei
Para te abraçar, dos lábios ao coração

Pois que cheguei, tarde, para te ver
Mais tarde, na tarde que te fui conhecer
E em teus braços abertos, choro essa dor

Cheguei, tardio! A beijos incertos
E não te beijei, nem oiro dos desertos
Que colham dos meus olhos, tua boca em flor…

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