Para ti, ó triste, que lês meu peito
E dele escolhes, a gosto, outras
palavras;
Olha aqui, a dor do Homem, do respeito
Perdido em prol de muitas fachadas
Aquando me sento ao largo estendendo a
mão
Me vês roto, velho, sem fado ou viola
Julgas-me perdido, sorris e foges então
Pensando mal, pois, olha bem que não
peço esmola
Mostro-me simples, demais sou, para mim
só
Que sou muito mais, dos tantos que
metem dó
Ao tanto que pareço, tudo sou que
mereço
Assim, vou a caminho de parecer quem és
Rompendo nos olhos, pedras que mordem
meus pés
E alcanço, ao largo, as cores das quais
aconteço…
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