«Prosa»
Caminhei no estrado de Deus. Pisei a terra em direção às
montanhas. Bebi da sua água e suei o ardor que queima o Homem por dentro.
Peguei suas armas e abracei o Mundo… Fui o tirano nas bocas da vaidade; (Ela, a
vaidade, não queria que a verdade se achegasse a seu lado, mas sim as coisas
que mais lhe agradassem) Já não havia mais que sobrasse de tamanho estreito.
As mãos mostravam-me o tempo passado e a aproximação da
outra margem. No rosto, as marcas, como rios secos sobre seus leitos
desperdiçados.
Queria parar. Cair mesmo ali, sem rancor ou esperança que me
devolvesse a vida. Que me prometesse o sol, o dia e noites estreladas… Toda a
minha vida tivera sido entornada nos sonhos, dos Génios de amanhã e, hoje… Hoje
não sei o como me fez, a mim, suportar meu próprio peso, nos meus pés, quais me
levaram a tanto lugar…
Qual seria a minha verdade? A minha derrota, ou vitória!
Foram tantos os caminhos; tantas as razões, pelas quais recuava e recomeçava. E
perguntam-me se eu fui feliz. Como posso saber de algo que não reconheço na
totalidade? Tive os meus momentos; talvez não tanto como os sonhava, mas, sim.
Posso dizer que fui feliz, assim como o não fui.
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