Travessia do canal da Mancha...

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

“Oito Rimances”





-Naquele certo dia, a noite chegara cedo
No tempo que em meu coração batia
A lua gritava e o Mundo se abria
A todos os escuros do meu medo

-Não tive outra alternativa,
Que não um segredo vencido
Do sempre que, de mim vertido
Foi e foi, jeito de comitiva

-Mas, não estava para cantigas
Que a voz sobrava ao enredo
Se na garganta secassem cedo
As lágrimas, em ventos convertidas

-Desses ares extrovertidos
Quanto pecantes do destino
Fossem tretas no caminho
De todos os olhos perdidos

-Já me chegava a talhada
Nas balburdias do lirismo
Qual não tivesse civismo
E se ousasse na montada

-Qual trote cavalgadura
Ferrada na fantasia
Que montasse algum dia
Os brancos que página cura

-Só não pode acabar
O atalho da providência
Onde vai a conveniência
Forçar para chegar.

-De porco não me vê tudo
Nem os ossos podem largar
Que enquanto a dor não chegar
Comemora-se o entrudo…


***

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