Travessia do canal da Mancha...

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

“Amor inerente”






Assim foi tua partida
Como uma lágrima caída no meu chão
Que o rosto não mais pode segurar, senão
Do peito fosse perdida

Assim foi o meu amor
Que não podia alcançar
Mesmo de longe te abraçar
Sem as agruras da minha dor

Assim foi, dias acorrentados
Desgostos, segredos por desvendar
Sem a coragem de os marcar
Nos dizeres, a ti, de mim, mais chegados

Eis que me deito e me levanto
Sem nunca sair do chão, que me toque
Que me engula na sua cova e me soque
Na memória, aquilo que não sei tanto…
***

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