Como se pode viver assim: Uma vida cheia de nada?
Tudo fica; ou, vai ficando para lá…
Como se tratasse de uma outra vida;
Um vazio constante de instantes memoráveis;
Recordações, que já não sei se o são, ou se apenas serão recordações de
recordações;
Se foram vividas, ou imaginadas, dentro das recordações que, por forças
inconscientes, o consciente rejeitou; talvez, para que pudesse fugir ao medo de
sentir o amor e este dominar todos os meus pensamentos e me ferisse e me
desesperasse ao ponto de me abandonar “a mim mesmo” e perder esta paixão;
aprisionando-a naquele vazio que me preenche, para que não mais fosse eu, mas
sim, esse malvado sentimento que enterro, com angústia, lavada em lágrimas,
secretas; para que assim, continue a mágoa de mim, por mim criada, onde me
escondo e torno pedra.
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