Travessia do canal da Mancha...

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

“Escuro vertido”

Devendo ao peito, tombos de ansiada
Pendem braços, inspirações
Cabo de torre pendurada
Tristes vozes, lamentações…

Andava de escuro vertido
Sem leveza de neve urdida
Nem fios de sol derretido
Ombreira de porta vestida

Lá, chegavam as pernas tortas
- Fica onde estás que vou descer
Penas longas, vagas mortas
Cuidados para dissolver

Não se via por bandeiras
Nem avanços para comer
Só ganchos e choradeiras
Cordas novas para morrer

Assim ergueu, de uma vez
O vaso por merecer
No risco que o satisfez
De unhas e dentes a ranger.
***

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