Travessia do canal da Mancha...

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

“QUE O AMOR SABE DAR”


Deixas na minha boca o teu doce paladar
Aromas agrestes, amarga palpitação
Que os olhos temperam, mesmo sem te tocar
Deixando nas mãos palpites do coração

Deixas no meu peito, mar crespado
Tempestade no sangue, amargo de chorar
No meu peito, incenso tombado
Lágrima que sobe, vértice de mar

Deixas no meu peito a voz que apaga
Grito de goela estrangulada
Jardim ardente, flor que propaga
Por uma vontade, em teu olhar regada

Deixas no meu peito lembrança tornada
Pelo instante que te soube provar
Aquando nos olhos rebenta a malvada
Daquela dor, que amor sabe dar.
***

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