Travessia do canal da Mancha...

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

“Para fugir ao Diabo”

“Para fugir ao Diabo”


Caminhei de mão dada com a loucura
Feito menino nas ruas da mansidão
Comi, da goma branca, certa dose de ternura
Gemendo tinta nas cores do coração

Não temi causas curadas
Que o tempo lavou minha mágoa
Onde os olhos vertiam lágrimas
Logo corrida, poema como água

Muitos passos foram largos
Para alcançar a jornada
Uns, bem tortos e amargos
Outros, marcados para nada

Tanta calçada pisada
Para lavar minha dor
Rima nova, bem rimada
Para criar esta flor

Mais não posso dizer
É terreno enlameado
Lá na frente fui morrer
Descalço, para fugir ao Diabo.
***

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