“Para fugir ao Diabo”
Caminhei de mão dada com a loucura
Feito menino nas ruas da mansidão
Comi, da goma branca, certa dose de ternura
Gemendo tinta nas cores do coração
Não temi causas curadas
Que o tempo lavou minha mágoa
Onde os olhos vertiam lágrimas
Logo corrida, poema como água
Muitos passos foram largos
Para alcançar a jornada
Uns, bem tortos e amargos
Outros, marcados para nada
Tanta calçada pisada
Para lavar minha dor
Rima nova, bem rimada
Para criar esta flor
Mais não posso dizer
É terreno enlameado
Lá na frente fui morrer
Descalço, para fugir ao Diabo.
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