Travessia do canal da Mancha...

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

“Ruas fartas”

“Ruas fartas”


Peço um abraço, como quiser
Mesmo trovas, noite assombrada
Se nos meus lábios beijo fizer
Doces paladares de voz molhada

Esparsos olharem, seiva lavrada
Génios erguendo, estandarte possuído
Lavam no vento mania vaiada
Repouso, tormento, corpo vencido

Soltei-me livre, sem eira nem beira
Bolsa às costas das solas gastas
Sem macieza de terra certeira
Noite oferecida, ruas fartas
Acompanhando a bandeira sem tenda
Sem luz de candeia, ou voz que se venda.

***

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