A festa bateu no peito
Enquanto a vida mordia
Batendo o tempo, do mesmo jeito
Nos vazios de quem morria
Mas não foram, nem muralhas
Que raiasse novo dia
Gota de orvalho tecendo malhas
Em passos que a noite vencia
Vara-se a moita talhada
Com negrumes intervalados
Águas livres de calçada
Em brio de rostos cansados
Rompe Aurora atordoada
Cheiros e brilhos lhe dão
Trocam-se ventos, sem dizer nada
Moem-se tempos e encontrarão.
Bem disse o velho ditado:
“Quem corre por gosto não cansa”
Não vai torto nem assinado,
Nem de pé…
- Talvez deitado.
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