No monte sorriu de céu
A lágrima que o mar fez chorar
Murmúrios de luz, vozes ao léu
Sonhos verdes por encontrar
Largaria sim, quase ternura
Largos laços de mão em mão
Atento vale de ronda brancura
Unguento sangrado da mansidão
Grandes vasos de pó soprado
Onde o punho tem debandada
O canalha abandalhado
E a vaca de coro sentada
Logo lúdico se alagava
Em vãs palavras de corrimão
Que o tempo assim acabava
Contando batidas do coração
Não chegou para contar
Os espaços da solidão
Nem falou para chegar
Só chegou e disse:
- Não.
***
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